O destaque é muito claro: os termos ESG e sustentabilidade empresarial ganharam o universo empresarial, mas a crescente relevância dos dois conceitos não significa que todos os compreendem corretamente.
Embora a ligação entre ESG e sustentabilidade empresarial seja muito estreita e ambas estejam ligadas a responsabilidade e a busca por impactos positivos, as abordagens e motivações são diferentes.
Por esse motivo, neste artigo, vamos esmiuçar essas diferenças entre o ESG e a sustentabilidade corporativa, com a lista de Melhores Empresas do Mundo em Crescimento Sustentável (2025), indicadores de efetividade de ESG e governança e como você implementar ambas as práticas.
Boa leitura!
ESG e sustentabilidade corporativa, mesmo distintas, estão estreitamente ligadas. Afinal, os dois conceitos têm o mesmo objetivo, porém, com motivações e abordagens diferentes.
A sigla ESG (Environmental, Social and Governance) surgiu no contexto do mercado financeiro como um conjunto de diretrizes voltadas para a responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa.
Mas, o conceito evoluiu tanto, que tornou-se o tripé basilar da nova visão organizacional, representando uma verdadeira releitura do “shareholder capitalism”, com foco na geração de valor a longo prazo.
Sob essa ótica, a inclusão de práticas ESG nas empresas é muito mais do que uma simples estratégia ou tendência: ela vem se concretizando como um dos principais pilares de um movimento de renovação do capitalismo do século XXI.
Com tamanha relevância, os temas relacionados a ESG têm cada vez mais espaços em agendas de instituições tradicionais como o IBGC e o Business Roundtable, bem como em manifestos mundiais, tais como o que ocorreu em Davos.
Por essas razões, o ESG representa um novo paradigma empresarial e não apenas mais um “modelo de negócio” das empresas do século XXI. Ele permite, na realidade, uma reflexão profunda no verdadeiro propósito das organizações.
Agora que explicamos o que é o ESG, vamos entender melhor como a sustentabilidade empresarial se conecta a tudo isso.
Primeiramente, é importante esclarecer que a sustentabilidade corporativa (ou empresarial) vai muito além do que um aparente desenvolvimento sustentável, sob a perspectiva unicamente ambiental.
Na realidade, como o próprio nome diz, a sustentabilidade corporativa se relaciona com a organização como um todo, tanto do ponto de vista ambiental, quanto do social e da governança.
Sob essa ótica, a ONU propôs aos seus países-membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com o objetivo de acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, além de garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.
São eles:
Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;
Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável;
Objetivo. 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;
Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos;
Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;
Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos;
Objetivo 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos;
Objetivo 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos;
Objetivo 9. Construir infra estruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;
Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;
Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;
Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;
Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos;
Objetivo 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;
Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade;
Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;
Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Neste sentido, as empresas que seguem os princípios de sustentabilidade corporativa, consequentemente, precisam alinhar suas estratégias com o ESG, usando as diretrizes como um guia para a implementação das ações.
Em termos de negócio, a sustentabilidade corporativa, assim como o ESG, também se destaca como uma prática estratégica, com benefícios como:
As métricas ESG funcionam não apenas como um mecanismo para aferir a implementação desses conceitos, mas também para evidenciar documentalmente tais práticas.
Objetivamente, tais métricas visam a combater situações, que podem, até mesmo, vir a caracterizar o que denominamos de greenwashing (“maquiagem verde” ou “lavagem verde”), ou seja, a criação de uma falsa aparência de sustentabilidade empresarial.
Daí a importância de tais indicadores.
Do ponto de vista internacional, podemos mencionar duas métricas muito importantes para verificar a efetividade:
No Brasil, do mesmo modo, há diversos índices que avaliam a efetividade dos pilares do ESG nas organizações, são elas:
No caso da Prática Recomendada ABNT PR 2030, temos um modelo de avaliação e direcionamento para que as organizações implementem o ESG, a ponto de transformar a identidade organizacional. Tudo isso, através de 7 passos e com 5 estágios de maturidade.
Até aqui, fica muito claro qual a importância do ESG e sustentabilidade empresarial nos negócios, principalmente, em atrair novos investidores e se destacar a nível global.
Não por acaso, todos os anos, as empresas fazem seus relatórios de sustentabilidade corporativa a fim de provar seus feitos relacionados à prática. Tudo isso é feito através das métricas que citamos anteriormente – ou pelo menos deveria ser, para evitar o “greenwashing”.
Neste sentido, a TIME e a Statista, elaboraram uma nova metodologia que nomeia, globalmente, 500 empresas que se destacam em desempenho financeiro e ambiental – e a boa notícia é: 46 delas são do Brasil.
Os critérios são:
Nesta lista de Melhores Empresas do Mundo em Crescimento Sustentável 2025, as 46 empresas brasileiras ganham reconhecimento, a nível global, por seus feitos em ESG e sustentabilidade corporativa incorporados à cultura organizacional.
Nessa lista, temos empresas como:
Esses são alguns exemplos das empresas brasileiras que lideram o ranking, mas ao esmiuçar os nomes, temos provas de que empresas de qualquer tamanho e indústria conseguem crescer exponencialmente ao implementar essas práticas.
Com a lista que citamos acima, fica a pergunta: “Como implementar o ESG e a sustentabilidade empresarial na minha organização?”
Vale destacar que não há qualquer uniformidade em relação à forma de implementação de políticas ESG e de sustentabilidade corporativa. O que há, na realidade, é a busca pelas melhores práticas em relação ao tema, tendo por base os índices mencionados anteriormente.
Antes de mais nada, é preciso verificar se a sua organização já possui algumas ações implementadas e em que nível de profundidade. É que em grande parte das vezes, as empresas já possuem iniciativas, mas ainda de modo pontual e não sistematizado.
Por essa razão, não há dúvidas de que é importante realizar um primeiro diagnóstico, para entender o quão distante você está das melhores práticas acerca do tema.
Além disso, é de extrema importância definir a real necessidade da sua organização, a fim de bem delimitar o escopo e a “profundidade” desse gap assessment.
A implementação não é uma tarefa simples ou linear, cabendo à organização refletir sobre a possibilidade de se internalizar ou, eventualmente, contar com o apoio de um time de especialistas.
Neste caso, a GEP Soluções em Compliance, pode ser a expertise em sustentabilidade corporativa e ESG que você precisa!
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