Boas práticas de proteção de dados para bancos de desenvolvimento e instituições financeiras
LGPD

Boas práticas de proteção de dados para bancos de desenvolvimento e instituições financeiras

Maurício Rotta
22 de abr, 2025
4 mins

A proteção de dados é um tema de extrema relevância para qualquer organização que lide com informações sensíveis, especialmente para bancos de desenvolvimento e instituições financeiras. 

Considerando a criticidade dos dados armazenados, bem como as exigências regulatórias e de mercado, a adoção de boas práticas de segurança e privacidade tornou-se essencial para garantir a confiabilidade das operações, prevenir fraudes, proteger a reputação institucional e manter a conformidade com normas nacionais e internacionais.

Neste artigo, exploramos o contexto geral e a relevância do tema no setor, os principais desafios enfrentados por essas entidades, boas práticas recomendadas e exemplos que ilustram a importância de uma postura proativa

Também mostramos o papel da GEP na implementação de medidas de proteção de dados, demonstrando como consultoria, ferramentas tecnológicas e treinamento podem contribuir para a segurança e a governança adequada dessas instituições.

Contexto geral e relevância do tema

Os bancos de desenvolvimento e as instituições financeiras exercem um papel crucial na economia, viabilizando projetos de infraestrutura, fomentando atividades produtivas, incentivando o empreendedorismo e apoiando políticas públicas de desenvolvimento. 

Como consequência, lidam com grandes volumes de dados sensíveis de pessoas físicas, jurídicas e órgãos governamentais. Esses dados incluem informações bancárias, cadastrais, registros de crédito e dados financeiros estratégicos — todos sob a responsabilidade de serem mantidos em sigilo e com integridade.

Regulamentações e marcos de referência

No Brasil, essas instituições são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), que emite circulares e resoluções sobre segurança cibernética e gestão de riscos operacionais. 

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018) também impõe obrigações quanto ao tratamento de dados pessoais, como a obtenção de consentimento, adoção de medidas de segurança e notificação de incidentes.

No cenário internacional, frameworks amplamente aceitos — como a ISO 27001, CIS Controls, NIST e SOC 2 — oferecem diretrizes para a criação de políticas de segurança da informação. Além disso, bancos públicos e de desenvolvimento podem ser fiscalizados por órgãos como o TCU e a CGU, o que reforça a importância da transparência e da conformidade.

Relevância econômica e de imagem

Falhas na proteção de dados podem gerar prejuízos financeiros, processos judiciais, multas e perda de credibilidade. Com o aumento da sofisticação dos ataques cibernéticos, é essencial que as instituições invistam continuamente em soluções modernas de segurança da informação. Assim, adotar boas práticas não é apenas uma exigência legal, mas também um diferencial de competitividade e sustentabilidade.

Desafios específicos no setor financeiro

  1. Falta de recursos e orçamento limitado: apesar de parecerem robustas financeiramente, muitas dessas instituições enfrentam limitações na alocação de recursos para segurança da informação. Isso pode ocorrer por disputa com outras prioridades ou falta de consciência plena dos riscos. Em instituições menores, esse cenário é ainda mais crítico, exigindo priorização cuidadosa de investimentos em tecnologia e capacitação;
  2. Cultura organizacional: a cultura interna é decisiva para o sucesso das políticas de proteção de dados. Muitas vezes, a segurança é vista como um tema técnico, restrito à TI, o que afasta o engajamento de outras áreas. Sem a conscientização de todos os níveis hierárquicos, mesmo as melhores soluções tecnológicas ficam vulneráveis ao fator humano;
  3. Sistemas antigos e integração de legados: É comum que instituições financeiras utilizem sistemas legados, criados antes da valorização da segurança cibernética. Esses sistemas podem ser incompatíveis com soluções atuais e dificultar a integração. A migração para sistemas mais seguros é cara e complexa, exigindo planejamento rigoroso para evitar interrupções;
  4. Cibercrimes e ameaças avançadas: Com ataques cada vez mais sofisticados — como phishing, malware e ransomware —, bancos e instituições financeiras tornaram-se alvos preferenciais. Isso exige proteção em várias camadas: endpoint, rede, servidores, aplicações e dados.

Boas práticas de adequação e planos de ação

Para garantir uma transformação digital segura e alinhada às exigências legais, é necessário adotar um conjunto de boas práticas que envolvem tecnologia, processos e pessoas. A seguir, destacamos os principais pilares para uma adequação eficaz, com planos de ação que fortalecem a proteção de dados e a governança institucional.

Mapeamento de dados e segmentação

Mapear e classificar os dados armazenados é fundamental. A segmentação das redes e bases de dados garante que apenas usuários autorizados tenham acesso a informações críticas. Essa abordagem segue os princípios de “mínimo privilégio” e “necessidade de saber”.

Políticas de governança e compliance

Um Programa de Governança em Privacidade e Segurança alinha as práticas internas às leis e normas técnicas. As políticas devem orientar coleta, uso, armazenamento e descarte de dados, além de prever auditorias regulares. Instituições que buscam certificações como ISO 27001 ou SOC 2 devem formalizar seus processos e assegurar sua execução.

Controles técnicos de segurança

Entre os controles mais recomendados estão:

  • Criptografia de dados: proteção contra interceptações e alterações;
  • Autenticação multifator (MFA): mais de uma etapa de verificação para acesso a sistemas críticos;
  • Firewalls e sistemas IDS/IPS: monitoramento de tráfego e bloqueio de ameaças;
  • Gestão de vulnerabilidades: testes e correções contínuas;
  • Backup e recuperação de desastres: rotinas de backup e planos de recuperação.

Capacitação de colaboradores

Treinamentos frequentes devem abranger desde o uso seguro de senhas até o reconhecimento de tentativas de phishing. Colaboradores capacitados formam uma linha de defesa importante contra riscos.

Elaboração de planos de resposta a incidentes

Mesmo com boas práticas, incidentes podem ocorrer. Um plano de resposta estruturado permite identificar e conter rapidamente os danos, mantendo a continuidade das operações. Ele deve incluir comunicação com autoridades e clientes, investigação técnica e aprendizado para prevenir reincidências.

O papel da GEP Soluções em Compliance

A GEP apoia bancos de desenvolvimento e instituições financeiras com soluções como:

  • Consultoria especializada: análise de conformidade com LGPD, BACEN e demais normas;
  • Ferramentas tecnológicas: sistemas de segurança, criptografia, monitoramento e identidade;
  • Treinamento e capacitação: workshops sobre segurança e conscientização;
  • Suporte em auditorias e certificações: apoio em processos ISO, SOC 2, TCU e CGU;
  • Gestão de incidentes: planos de resposta, testes de contingência e estratégias de retomada.

Com isso, a GEP atua como parceira estratégica, conduzindo o processo de adequação com competência e visão integrada, reduzindo riscos e fortalecendo a credibilidade das instituições.

A adoção de boas práticas em proteção de dados vai além da conformidade: ela representa um diferencial competitivo, capaz de garantir a confiança do mercado, evitar fraudes e sustentar um ambiente seguro para todos os públicos envolvidos.

Mais do que implementar ferramentas, é fundamental cultivar uma cultura de segurança em todos os níveis da organização. Se a sua instituição busca suporte para desenvolver ou aprimorar um programa de proteção de dados, conte conosco.

Acompanhe também nosso blog para se manter atualizado sobre tendências e práticas de governança, segurança e compliance.

 

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